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Paulo Kalu canta Noel Rosa

by Paulo Kalu

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1.
Jurei não mais amar pela décima vez Jurei não perdoar o que ela me fez O costume é a força que fala mais forte do que a natureza E nos faz dar provas de fraqueza Joguei meu cigarro no chão e pisei Sem mais nenhum aquele mesmo apanhei e fumei Através da fumaça neguei minha raça chorando, a repetir: Ela é o veneno que eu escolhi pra morrer sem sentir Senti que o meu coração quis parar Quando voltei e escutei a vizinhança falar Que ela só de pirraça seguiu com um praça ficando lá no xadrez Pela décima vez ela está inocente nem sabe o que fez
2.
Já cansei de pedir Pra você me deixar Dizendo que não posso mais Continuar amando Sem querer amar Meu Deus, estou pecando Amando sem querer... Me sacrificando sem você merecer! Amar sem ter amor é um suplício Você não compreende a minha dor Nem pode avaliar O sacrifício que eu fiz Para você ser feliz! Com a ingratidão eu não contava Você não compreende a minha dor Você, se compreendesse Me deixava sem chorar Para não me ver penar
3.
Coração 03:10
Coração Grande órgão propulsor Distribuidor do sangue venoso em arterial Coração Não é sentimental Mas entretanto dizem Que é o cofre da paixão Coração Não está do lado esquerdo Nem tampouco do direito Fica no centro do peito - eis a verdade! Tu é pro bem-estar do nosso sangue O que as rosas representam para um simples beija-flor Coração De sambista brasileiro Quando bate no peito Faz a batida do pandeiro Eu afirmo Sem nenhuma pretensão Que a paixão faz dor no crânio Mas não ataca o coração Conheci Um sujeito convencido Com mania de grandeza E instinto de nobreza Que, por saber Que o sangue azul é nobre Gastou todo o seu cobre Sem pensar no seu futuro Não achando Quem lhe arrancasse as veias Onde corre o sangue impuro Viajou a procurar De norte a sul Alguém que conseguisse Encher-lhe as veias Com azul de metileno Pra ficar com sangue azul
4.
Faz hoje quase um ano Que eu não vou visitar Meu barracão lá da Penha Que me faz sofrer E até mesmo chorar Por lembrar a alegria Com que eu sentia Um forte laço de amor Que nos unia Não há quem tenha Mais saudades lá da Penha Do que eu, juro que não Não há quem possa Me fazer perder a bossa Só saudade do barracão Mas veio lá da Penha Hoje uma pessoa Que trouxe uma notícia Do meu barracão Que não foi nada boa Já cansado de esperar Saiu do lugar Eu desconfio que ele Foi me procurar Não há quem tenha Mais saudades lá da Penha Do que eu, juro que não Não há quem possa Me fazer perder a bossa Só saudade do barracão
5.
Lá no morro da Mangueira Bem em frente a ribanceira Uma cruz a gente vê Quem fincou foi a Rosinha Que é cabrocha de alta linha E nos olhos tem seu não sei que Numa linda madrugada Ao voltar da batucada Pra dois malandros olhou a sorrir Ela foi se embora Os dois ficaram E depois se encontraram Pra conversar e discutir Lá no morro Uma luz somente havia Era lua que tudo assistia Mas quando acabava o samba se escondia Na segunda batucada Disputando a namorada Foram os dois improvisar E como em toda façanha Sempre um perde e outro ganha Um dos dois parou de versejar E perdendo a doce amada Foi fumar na encruzilhada Passando horas em meditação Quando o sol raiou Foi encontrado Na ribanceira estirado Com um punhal no coração Lá no morro uma luz somente havia Era Sol quando o samba acabou De noite não houve lua ninguém cantou
6.
Agora eu vou mudar minha conduta Eu vou à luta, pois eu quero me aprumar Vou tratar você com força bruta Pra poder me reabilitar Pois essa vida não está sopa, e eu me pergunto com que roupa? Com que roupa eu vou? Pro samba que você me convidou. Agora eu não ando mais fardeiro Pois o dinheiro não é fácil de ganhar Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro Não consigo ter, nem pra gastar Eu já corri de vento em popa Com que roupa eu vou? Pro samba que você me convidou. (Com que roupa?) Eu hoje estou pulando feito um sapo Pra ver se escapo dessa praga de urubu Já estou coberto de farrapos, Eu vou acabar ficando nu Meu paletó virou estopa, e eu nem sei mas com que roupa? Com que roupa eu vou? Pro samba que você me convidou.
7.
Fita Amarela 03:02
Quando eu morrer, não quero choro nem vela Quero uma fita amarela gravada com o nome dela Se existe alma, se há outra encarnação Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão Não quero flores nem coroa com espinho Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho Estou contente, consolado por saber Que as morenas tão formosas a terra um dia vai comer. Não tenho herdeiros, não possuo um só vintém Eu vivi devendo a todos mas não paguei a ninguém Meus inimigos que hoje falam mal de mim Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.
8.
Três Apitos 03:22
Quando o apito da fábrica de tecidos Vem ferir os meus ouvidos Eu me lembro de você Mas você anda Sem dúvida bem zangada Ou está interessada Em fingir que não me vê Você que atende ao apito de uma chaminé de barro Porque não atende ao grito Tão aflito Da buzina do meu carro Você no inverno Sem meias vai pro trabalho Não faz fé no agasalho Nem no frio você crê Mas você é mesmo artigo que não se imita Quando a fábrica apita Faz reclame de você Nos meus olhos você lê Que eu sofro cruelmente Com ciúmes do gerente Impertinente Que dá ordens a você Sou do sereno poeta muito soturno Vou virar guarda-noturno E você sabe porque Mas você não sabe Que enquanto você faz pano Faço junto ao piano Estes versos pra você
9.
Não te vejo e não te escuto O meu samba está de luto Eu peço o silêncio de um minuto Homenagem a história De um amor cheio de glória Que me pesa na memória Nosso amor cheio de glória De prazer e de emoção Foi vencido e a vitória Cabe à tua ingratidão Tu cavaste a minha dor Com a pá do fingimento E cobriste o nosso amor Com a cal do esquecimento Teu silêncio absoluto Obrigou-me a confessar Que o meu samba está de luto Meu violão vai soluçar Luto preto é vaidade Neste funeral de amor O meu luto é saudade E saudade não tem cor
10.
Seja Breve 02:04
Seja breve, seja breve Não percebi porque você se atreve A prolongar sua conversa mole Seja breve Não amole Senão acabo perdendo o controle E vou cobrar o tempo que você me deve Eu me ajoelho e fico de mãos postas Só para ver você virar as costas E quando vejo que você vai longe Eu comemoro sua ausência com champanhe Deus lhe acompanhe A sua vida nem você escreve E além disso você tem mão leve Eu só desejo ver você nas grades Pra te dizer baixinho sem fazer alarde Deus lhe guarde Vou conservar a porta bem fechada Com um cartaz: "é proibida a entrada" E você passa a ser pessoa estranha Meu bolso fica livre dos ataques seus Graças a Deus.
11.
Nosso amor que eu não esqueço E que teve o seu começo Numa festa de São João Morre hoje sem foguete Sem retrato e sem bilhete Sem luar, sem violão Perto de você me calo Tudo penso e nada falo Tenho medo de chorar Nunca mais quero o seu beijo Mas meu último desejo Você não pode negar Se alguma pessoa amiga Pedir que você lhe diga Se você me quer ou não Diga que você me adora Que você lamenta e chora A nossa separação Às pessoas que eu detesto Diga sempre que eu não presto Que meu lar é o botequim Que eu arruinei sua vida Que eu não mereço a comida Que você pagou pra mim
12.
João Ninguém Que não é velho nem moço Come bastante no almoço Pra se esquecer do jantar... Num vão de escada Fez a sua moradia Sem pensar na gritaria Que vem do primeiro andar João Ninguém Não trabalha e é dos tais Mas joga sem ter vintém E fuma Liberty Ovais Esse João nunca se expôs ao perigo Nunca teve um inimigo Nunca teve opinião João Ninguém Não tem ideal na vida Além de casa e comida Tem seus amores também E muita gente que ostenta luxo e vaidade Não goza a felicidade Que goza João Ninguém! João Ninguém não trabalha um só minuto E vive sem ter vintém E anda a fumar charuto Esse João nunca se expôs ao perigo Nunca teve um inimigo Nunca teve opinião

about

El disco es un homenaje al cantautor de los anos 20 NOEL ROSA, un disco de samba con solamente voz y guitarra. Les presento la esencia de la música brasileña, con una característica muy dulce y espero que disfrute mucho.

credits

released September 30, 2013

Produccion: Kalu Records
Mezcla y Masterizacion: Kalu Records

license

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about

Paulo Kalu CE, Brazil

Paulo Kalu has built his career for over a decade.

In his live performance, Paulo’s voice and charisma enchant the listener for approximately an hour and a half of lots of Samba and Bossa Nova, with soulful, captivating harmony and lyrics.
His repertoire is made of original compositions with rhythms that invite the listener to dance and lyrics that make you feel positive about life!
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